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Mulher sedada é vítima de estupro por vigilante em hospital de saúde mental em Camaragibe

Imagens de circuito interno mostram momento em que a mulher sofre estupro; suspeito é o vigilante da unidade

Publicada em 19/06/24 às 15:40h - 855 visualizações

por Portal Amparo


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Caso de estupro aconteceu em Aldeia  (Foto: Reprodução)

Uma mulher de 30 anos, bacharel em Direito, foi vítima de estupro enquanto estava sedada no Hospital Reluzir, localizado no bairro de Aldeia, em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife. A vítima estava internada na instituição para tratar de um quadro de depressão quando o crime ocorreu, no dia 17 de novembro de 2023, às 4h26.

Imagens do circuito interno do hospital mostram o momento em que o vigilante, identificado como um homem de 46 anos, acessa a enfermaria onde a mulher, após tomar medicações fortes, já estava adormecendo. O vigilante, que estava fardado e com colete, é visto mexendo nas partes íntimas do corpo da vítima antes de deixar o local. Ele trabalhou na unidade por dois meses antes do crime.

Reações e Declarações da Família

Em entrevista à Folha de Pernambuco, a mãe da vítima criticou duramente a instituição de saúde mental, destacando que a filha estava alocada numa enfermaria masculina devido à chegada de outro paciente em estado mais grave. A mãe expressou sua indignação com a estrutura inadequada do hospital e a falta de apoio após o incidente.

"Aquilo não se chama de instituição. Minha filha foi estuprada porque estava numa enfermaria masculina, sem ninguém. Não tinha enfermeiro. Ele estava na [enfermaria] feminina", afirmou a mãe. Ela também acusou o hospital de tentar encobrir o caso e trancar a filha na enfermaria para impedir que ela entrasse em contato com a família para relatar o ocorrido.

Resposta do Hospital Reluzir

O Hospital Reluzir divulgou uma nota nas redes sociais afirmando que "deu todo apoio à vítima, à família e à polícia para investigar o caso". A instituição alegou que só tomou ciência do ocorrido pela manhã, durante uma consulta de rotina. Após verificar as imagens, o hospital registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Camaragibe e informou os familiares da vítima, convocando-os para uma reunião com psicólogos para minimizar os danos à saúde mental da paciente.

O hospital também informou que o vigilante foi desligado da unidade e que forneceu seus endereços e telefones às autoridades policiais. Nathália Damasceno, uma das responsáveis pelo hospital, declarou que esta seria a quinta internação da vítima na instituição, criticando a exposição do caso pela imprensa como "sensacionalismo".

Investigação e Indiciamentos

A Polícia Civil de Pernambuco informou que o inquérito policial foi finalizado e encaminhado ao Ministério Público de Pernambuco, com o indiciamento do vigilante por estupro de vulnerável. Além disso, um técnico de enfermagem que presenciou o crime sem tentar intervir foi indiciado por omissão de socorro.

Estupro de Vulneráveis no Brasil: Um Panorama Assustador

Estatísticas nacionais indicam que a violência sexual contra crianças e adolescentes continua alta no Brasil. O serviço Disque Direitos Humanos (Disque 100) registrou, entre 1º de janeiro e 13 de maio deste ano, 7.887 denúncias de estupro de vulnerável, com uma média de cerca de 60 casos por dia, ou dois registros por hora.

De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), foram notificados 58.820 casos de estupro de meninas e meninos nas delegacias de todo o país em 2022, um aumento de 7% em relação ao ano anterior. Três quartos desses estupros foram cometidos contra pessoas incapazes de consentir, seja pela idade (menores de 14 anos) ou por outros motivos (deficiência, enfermidade).

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) estima que apenas 8,5% dos estupros no Brasil são relatados à polícia, projetando que ocorram 822 mil casos anuais. Mantida a proporção de três quartos dos casos registrados, o Brasil teria mais de 616 mil casos de vulneráveis por ano.

Conclusão

O caso de estupro no Hospital Reluzir evidencia falhas graves na segurança e no cuidado de pacientes em instituições de saúde mental, além de expor a vulnerabilidade de pessoas internadas. A sociedade aguarda que as autoridades levem os responsáveis à justiça e que medidas sejam tomadas para evitar que crimes semelhantes aconteçam no futuro.




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